Vacina de Oxford tem 76% de eficácia após três semanas da primeira dose
STF vê risco de impasse sobre situação de Lira em linha sucessória da Presidência
por Marcelo Rocha e Matheus Teixeira | Folhapress

Recursos apresentados contra o resultado de dois julgamentos do STF (Supremo Tribunal Federal) reforçam na corte um impasse sobre a condição do deputado Arthur Lira (PP-AL) como substituto eventual do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Lira foi eleito presidente da Câmara para o biênio 2021/2022 nesta segunda-feira (1º). O ocupante do cargo é o segundo na linha sucessória presidencial --o primeiro é o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB).
Uma decisão do STF de 2016 diz que réus em ações penais não podem substituir o presidente e o vice caso os dois se ausentem do país, ainda que estejam liberados para comandar as duas casas legislativas federais.
O novo presidente da Câmara é alvo de duas denúncias por crimes de corrupção passiva e organização criminosa, resultantes de investigações da Operação Lava Jato. As duas acusações foram julgadas e aceitas pelo Supremo.
No andamento processual, após a denúncia ser aceita, a fase seguinte é a abertura da ação penal. Nela, os acusados passam a ser réus. Mas cabem recursos.
E foi justamente o que ocorreu nos dois casos que envolvem Lira. Foram apresentados recursos contra as decisões dos ministros de aceitar as denúncias, adiando a abertura das ações penais.
A reportagem apurou que há no Supremo uma divisão sobre o momento em que o denunciado passa a receber o tratamento de réu --se a partir do recebimento da denúncia ou se a partir da formalização da ação penal.
Para parte dos ministros, uma vez acatada a acusação apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o investigado torna-se automaticamente réu.
Outra ala do tribunal, todavia, entende que Lira poderia assumir o Executivo porque seria necessário esgotar os recursos e formalizar a abertura da ação para que ele ficasse impedido.
Isso, porém, ainda deve ser discutido pelo STF. A aposta é que partidos de oposição devem acionar o Supremo para que a corte defina se o aliado de Bolsonaro e líder do centrão pode ou não substituí-lo na Presidência da República.
A avaliação interna na corte é que, além da discussão jurídica, o resultado do julgamento dependerá do comportamento que o deputado terá em relação ao Supremo.
A maioria dos ministros simpatizava com a atuação de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, enquanto presidente da Câmara, ajudava o STF para impor limites às ofensivas de Bolsonaro contra os demais poderes.
Maia, por exemplo, deu respaldo ao inquérito das fake news em curso no Supremo com a CPMI do Congresso que também investigava a atuação da militância bolsonarista nas redes sociais para descredibilizar as instituições.
Caso Lira reforce o alinhamento com o chefe do Executivo a ponto de respaldar os ataques ao Supremo, a corte não deve enfrentar o julgamento sobre sua situação jurídica com bom humor.
Em uma das denúncias aceitas pelo STF, Lira foi acusado de receber R$ 106 mil em propina do então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Francisco Colombo, em troca de apoio para mantê-lo no cargo.
Em sessão no final de novembro, a Primeira Turma do STF formou maioria para negar recurso do parlamentar de Alagoas. O julgamento foi suspenso após pedido de vista do ministro Dias Toffoli.
Ao lado de colegas do PP, o deputado também responde ao inquérito chamado "quadrilhão do PP", por suposta participação em esquema de desvios da Petrobras.
De acordo com a acusação, integrantes da cúpula do partido integrariam uma organização criminosa, com ascendência sobre a diretoria da Petrobras, e que desviava verbas em contratos da estatal.
A denúncia foi aceita pela 2ª Turma do Supremo, em junho de 2019, mas a ação penal ainda não começou a tramitar em razão de recursos apresentados pelas defesas dos réus.
O criminalista Pierpaolo Bottini, advogado do presidente da Câmara, disse que não há no Supremo uma decisão definitiva sobre o tema. Para ele, a condição de réu não constitui fator impeditivo.
"Afastar o parlamentar réu da linha sucessória, por acusação de crime sem relação com o exercício da Presidência da República, é impor medida não prevista em lei", afirmou.
"Se um réu em ação penal tem condições de disputar o cargo de presidente da República pela eleição direta, não há impeditivo para uma pessoa na mesma situação ocupar o posto em linha sucessória."
Ipirá: Servidores da prefeitura reclamam de salários atrasados
por Francis Juliano

Funcionários da prefeitura municipal de Ipirá, na Bacia do Jacuípe, estão sem receber salário. Uns estão sem receber o vencimento de dezembro e outros, os de dezembro e janeiro. O problema atinge diversos setores, como os de educação e saúde, e a estimativa de que mais de 600 pessoas estejam afetadas. Devido ao fato, o sindicato dos enfermeiros do estado da Bahia [Seeb] promete levar o caso à Justiça.
A representação também lançou uma nota de repúdio em apoio aos profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. O Seeb também criticou a postura das gestões atual e passada pela falta de solução. Ao Bahia Notícias, a presidente do Seeb, Alessandra Gadelha, disse que o caso precisa ser resolvido, apesar da situação. “Nós entramos em contato com a administração e eles não deram nenhum previsão para pagamento. Disseram que encontraram os cofres vazios, que não tem dinheiro para pagar a cooperativa, que a cooperativa não tem dinheiro para pagar os trabalhadores e aí a gente está nesse impasse. Certamente será um caso de levar a Justiça”, disse. Gadelha afirmou que pretende se reunir com os servidores afetados antes de acionar a via judicial.
OUTRO LADO
Procurado, o prefeito de Ipirá, Dudy, declarou que vai pagar os vencimentos de janeiro, mas não deu previsão de quando os salários de dezembro serão quitados. De acordo com o gestor, a capacidade financeira da prefeitura é limitada no momento para arcar com os custos, apesar de janeiro ser um dos meses de maior arrecadação.
“Infelizmente hoje o município não tem condição. Ipirá hoje é uma cidade quebrada. Não dá para pagar tudo de uma vez só. São vários credores esperando receber. No caso das pessoas da UPA, a cooperativa me garantiu que vai pagar os profissionais que ficaram sem receber”, disse. O prefeito ainda declarou que vai procurar as outras categorias para negociar os salários atrasados.
Cláudio Prates explica montagem do time de transição do Bahia para o Baiano
por Milena Lopes

A equipe de transição do Bahia, comandada por Cláudio Prates, que também é auxiliar técnico do Esquadrão de Aço, está se preparando para o Campeonato Baiano. Em entrevista para o programa BN na Bola, da rádio Salvador FM 92.3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama, o comandante falou sobre o trabalho de montar a equipe B do Tricolor e explicou a relação de equilíbrio em um time com destaques da base e contrações em potencial.
“Desde o momento que eu abracei esses projetos, foi um pedido do próprio presidente, que eu não deixasse de realizar as minhas funções como auxiliar técnico e, acima de tudo, continuar ajudando o Dado nessa caminhada nessa reta final de Campeonato Brasileiro. E isso é até bacana porque a gente consegue manter um elo entre a transição e o time principal”, comentou Cláudio Prates sobre a dupla função no clube.
O técnico destaca que o fato de poder estar em contato com as duas equipes ajuda com que os atletas do time B possam ser melhores preparados e avaliados para reforçar o principal, ou ainda motivá-los a serem revelações do Bahia.
“Atletas que são usados hoje no principal fizeram parte desse projeto no ano passado, então a gente tem isso também para motivar essa galera que está chegando e principalmente os atletas da base”, explicou.
“Hoje a gente tem um equilíbrio muito grande entre atletas da base e os que estão sendo contratados, ainda vão chegar mais alguns para que a gente consiga novamente montar um elenco competitivo, um time vencedor, capaz de chegar às finais do campeonato para reforçar a camisa do Bahia”, completou Cláudio.
Os jovens jogadores já estão em preparação sob o comando do treinador para estrear no Campeonato Baiano no próximo dia 21. Segundo ele, o trabalho está sendo intenso e o amistoso contra o Jacuipense, marcado para esta quarta-feira (3), será um teste para observar os atletas que irão compor o time ao longo do estadual.
“Até agora, está muito bom trabalho. A gente tem se dedicado muito, o trabalho é força total na equipe principal, mas mesmo assim, a gente não deixou um dia de trabalhar. Estamos fazendo isso em tempo integral: chegamos às sete da manhã e saindo às sete da noite do Clube”, ressaltou o técnico.
Questionado sobre a montagem da equipe de transição com jogadores da base e jogadores contratados, Prates explicou que, para ele, o time precisa de equilíbrio, com experiências de quem vem de fora e potenciais internos que precisam de motivação,
“[As contratações] são exatamente para dar sustentação para esses meninos. O que a gente costuma dizer dentro do futebol é que muitos meninos conseguem maturar o futebol precocemente, ou seja, com 18 ou 19 anos ele já estão com maturidade de 20 ou 21 e consegue atingir um profissional sem problema. Mas muitos deles também não cresceram ainda e precisam de um melhor trabalho, principalmente de amadurecimento, de conhecimento de jogo, do que é o jogo profissional e o que é o jogo de um sub-20. O nome transição é justamente isso: é a transição que eles têm de um processo de base para um processo de profissionais”, esclareceu o treinador.
“Essas contratações de atletas que são prospectados, que possuem 21 e 22 anos, é porque a realmente a gente vê futuro, que tanto eles podem acreditar no processo do Bahia para realmente se transformar em novas revelações, como nós acreditamos neles. Acho que o futebol é o equilíbrio, não se ganha nada só com a base e não se ganha nada só com jogadores contratados ,equilíbrio para mim uma palavra fundamental na vida para dar uma sustentação aos meninos e para que a gente consiga montar um time competitivo”, posicionou Cláudio Prates.
O técnico do time de transição ainda falou que o jogo amistoso contra a Jacuipense será um teste para todo o elenco e vai avaliar como os jogadores vão se comportar em campo, jogando contra atletas com mais experiência, e só então vai começar a definir quem será o time do Baianão.
“O que a gente dá a eles agora, em nível de competição, é justamente a transição. Colocar eles com jogadores rodados, que já são figurinhas carimbadas no Campeonato Baiano”, comentou.
“A gente deve ir com duas equipes, devemos colocar durante 35 minutos uma e depois durante 35 minutos outra e vamos tentar equilibrar porque ainda não temos uma equipe base. Vamos dar oportunidade para todos, principalmente para observar alguns atletas. Para alguns será a primeira jogando em campo aberto, então o que eles vão fazer é realmente um treinamento para observação inicial e para que eles respondam bem. Só a partir daí a gente vai ter definições da equipe que a gente vai de fato começar a trabalhar”, detalhou o treinador.
“Estou muito esperançoso e otimista de que vamos conseguir um belo Campeonato Baiano e, acima de tudo, atingir os objetivos que são prospectar os valores, dar novas oportunidades para os atletas da base e para acabar elevando o nome do Bahia”, finalizou Cláudio Prates.
Vacina de Oxford tem 76% de eficácia após três semanas da primeira dose

Pesquisadores afirmam que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca teve eficácia de 76% três semanas depois da primeira dose, de acordo com um estudo preliminar divulgado nesta terça-feira (2). Essa taxa é mantida até 90 dias após a aplicação, de acordo com o G1.
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Os estudos clínicos da vacina também apontaram uma eficácia de 82,4% em um intervalo de três meses após a segunda dose. Esse novo resultado é melhor do que o encontrado anteriormente, com uma eficácia de 54,9%, quando o reforço estava sendo aplicado após um mês e meio.
"Estes novos dados fornecem uma confirmação importante dos dados provisórios que foram utilizadas por mais de 25 órgãos reguladores, incluindo a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde do Reino Unido e a Agência Europeia de Medicamentos, para conceder autorização de uso emergencial da vacina", disse Andrew Pollard, pesquisador-chefe dos estudos clínicos em entrevista.
"O estudo também apoia a recomendação feita pelo Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) [da OMS] para um intervalo de 12 semanas até a segunda dose, enquanto procuram uma abordagem ideal para implantação, e garante que as pessoas estejam protegidas 22 dias após uma dose única da vacina".
Em dezembro do ano passado, um especialista britânico havia informado uma eficácia por volta de 70%, mas o dado não chegou a ser divulgado oficialmente.
A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, a ChAdOx1 nCoV-19, está sendo aplicada no Brasil após aprovação para uso emergencial. Na sexta-feira (29), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu o pedido de registro definitivo, com um prazo de 60 dias para a avaliação do processo.
Saúde.
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